Avaliação diagnóstica da monoartrite aguda

Diante de um paciente com sinais de artrite monoarticular de início agudo, primeiro deveremos excluir trauma. Na dúvida, deve-se manter o membro imobilizado até a realização de uma radiografia simples da articulação.

Artrite Séptica

Excluído trauma, a avaliação da monoartrite aguda deve proceder à pesquisa de artrite séptica, mais comum em crianças ou em adultos com comorbidades. Nesse sentido, febre, mal estar geral e limitação do movimento falam a favor de um quadro de artrite séptica. A artrocentese será crucial nesse contexto, sendo sugestiva quando o líquido sinovial tiver aspecto purulento, com a presença de mais de 10.000 leucócitos/mm3, com predomínio de mais de 80% de polimorfonucleares.

A solicitação de gram e cultura do líquido sinovial são importantes, uma vez que permitem direcionar a antibioticoterapia. Diante de um quadro altamente suspeito, inicia-se uma cefalosporina de primeira geração, como Cefazolina ou Oxacilina, a fim de cobrir infecções por bactérias Gram +, como S. aureus ou Streptococcos.

Artrite Gotosa

Quanto à artrite gotosa, é um quadro mais comum em homens por volta dos seus 50 anos, com síndrome metabólica, e sua apresentação típica envolve e articulação do hálux. O líquido sinovial, diferente da artrite séptica, se apresenta esbranquiçado. Em sua fase aguda, o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) pode ajudar.

Para saber mais, não deixe de escutar o episódio #171 do nosso Podcast: Chama o Plantão – corrida de leito.

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