Síndrome de Guillain Barré

A síndrome de Guillain-Barré deve ser suspeitada em todo indivíduo com fraqueza muscular flácida iniciada após alguma infecção como gastroenterite. Tem caráter agudo, progressivo e, na maior parte, simétrico, com início em membros inferiores (MMII) e avanço para membros superiores (MMSS), tronco e musculatura facial , com pico em torno de 2 a 4 semanas. A redução e/ou perda de reflexos tendinosos profundos também é esperada, além de sintomas de disautonomia, como retenção urinária, íleo funcional, hiper ou hipotensão, taqui ou bradicardia. A febre pode aparecer, mas não é comum no início do quadro.

Para avaliação prognóstica e risco de piora respiratória, o Escore Prognóstico de Erasmus (EGOS) pode ser útil (para calculá-lo, clique aqui)

Exames complementares

Do ponto de vista de exames complementares, a punção liquórica faz parte da investigação, tanto para reforçar a hipótese, quando for observada proteinorraquia elevada com celularidade normal, como para excluir diagnósticos diferenciais. A eletroneuromiografia não é essencial para o diagnóstico em casos de apresentação muito típica, mas pode ser útil em cenários de dúvidas diagnósticas, além de possuir valor prognóstico quando feita de forma seriada.

No que diz respeito aos exames de neuroimagem, deve-se realizá-los para avaliação de diagnósticos diferenciais quando o tempo de evolução até o pico da fraqueza muscular for muito curto ou ocorrer disfunção intestinal ou urinária precoce, por exemplo. Em situações de permanência da dúvida diagnóstica, a ressonância magnética de crânio e de coluna contrastada mostrando espessamento e realce das raízes nervosas pode ser compatível com Guillain-Barré.

Tratamento

Com relação ao tratamento, o seguimento multiprofissional, além da monitorização cardiorespiratória e tromboprofilaxia, é indispensável. A administração de imunoglobulina endovenosa (ou plasmaférese se disponível) dentro das primeiras 4 semanas constitui modalidade terapêutica modificadora da doença.

Diagnósticos diferenciais

Para saber mais, não deixe de escutar o episódio #175 em nosso Podcast: Chama o Plantão – Corrida de Leito.

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