Manifestações clínicas da hiperfunção adrenal

A hiperfunção da adrenal pode envolver o córtex quando houver hipercortisolismo ou hiperaldosteronismo. O primeiro, mais conhecido como síndrome de Cushing, refere-se a qualquer conjunto de sinais e sintomas decorrentes da produção excessiva de cortisol. A causa iatrogênica muito provavelmente é a principal, seguida da doença de Cushing (o adenoma produtor de hormônio adrenocorticotrófico – o ACTH) e, depois, a síndrome relacionada à produção ectópica de ACTH, como em casos de carcinoma de pequenas células pulmonar.

As manifestações clínicas que mais se relacionam à síndrome de Cushing incluem a redistribuição da gordura corporal, com predomínio de gordura central (na região abdominal) e baixa deposição em membros, além da maior deposição na região dorso-cervical (também conhecido como giba). Pele fina e fácies pletóricas, em lua cheia, também são bem comuns, assim como irregularidade menstrual em mulheres.

O hiperaldosteronismo primário, por sua vez, tem como principal causa o adenoma da glândula produtor de aldosterona. A Hiperplasia bilateral ou ainda o carcinoma adrenal secretor de aldosterona também podem ser os responsáveis. A hipertensão é a principal manifestação clínica. Inclusive, a elevação pressórica aqui tende a ser significativa, podendo se associar a hipertensão resistente. Já a hipopotassemia, apesar de classicamente relacionada, encontra-se presente em apenas 9 a 37% dos casos e, quando ocorre vem associada à alcalose metabólica.

Por fim, o feocromocitoma decorre de um tumor na medula da adrenal, cuja fisiopatologia envolve a produção excessiva de catecolaminas, sobretudo noradrenalina. Como consequência, a principal manifestação clínica é a hipertensão paroxística, que classicamente vem acompanhada de dor de cabeça, palpitação e sudorese

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