Hidratação na dengue: como fazer?

A classificação dos pacientes atendidos com suspeita de dengue em um dos quatro grupos de risco orienta o manejo clínico destes, o que pode impactar no desfecho, como o início da hidratação precoce.

Os grupos são definidos de acordo com a presença de condições de base que determinem maior risco de gravidade e pela presença de sinais de alarme e/ou de sinais de gravidade.

O grupo A (ou azul) não têm nenhum dessas três características; já o B (verde) tem comorbidades ou características de base que definem maior risco; o grupo C (amarelo) tem sinais de alarme e caracteriza uma urgência, e, por fim, o grupo D (vermelho) tem sinais de gravidade, como choque, hemorragia e/ou disfunção orgânica grave e trata-se de uma emergência clínica.

O objetivo de classificar esses pacientes em grupo de risco é viabilizar a oferta rápida de líquidos e indicar internação para grupos prioritários. Então, pacientes classificados como grupo A ou B devem receber hidratação oral, enquanto aqueles dos grupos C e D recebem hidratação endovenosa.

Nos grupos A e B*, a hidratação oral é feita no volume de 60ml/kg, ou seja, em pessoas adultas com 70 kg isso equivale a 4,2L. Geralmente, se faz ⅓ desse volume na forma de soro de hidratação oral e os ⅔ restantes com ingestão de líquidos caseiros (incluindo água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco, dentre outros). Já para o grupo C, a hidratação endovenosa inicial é com soro fisiológico no volume  de 10ml/kg na primeira hora e no grupo D, de 20ml/kg, também nos primeiros 20 minutos.

Para maiores informações, consulte o protocolo e fluxograma abaixo:

  • Fluxograma de manejo clínico da Dengue, de 2023, do Ministério da Saúde;

Para saber mais, não deixe de escutar o episódio #172 no nosso Podcast: Chama o Plantão – Corrida de leito.

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