Ondas de calor: quais consequências clínicas e tratamento?

A hipertermia relacionada ao calor ambiental extremo é de definida como elevação da temperatura corporal para valores que podem ultrapassar 40ºC em decorrência de termorregulação prejudicada e cuja aferição deve ser feita idealmente por via retal ou esofágica.

Como a transpiração é a forma mais eficaz para o controle da temperatura corporal, a desidratação, o uso de diuréticos e de álcool são fatores predisponentes para hipertermia, além de morbidades como obesidade e doenças cardiovasculares.

Do ponto de vista de manifestações clínicas, mal estar geral, irritabilidade, tontura são sintomas mais leves que podem ocorrer. Alterações de dados vitais como taquipneia, taquicardia e hipotensão já sinalizam para possíveis complicações, além de edema pulmonar, hemorragia alveolar, coagulopatia e crises convulsivas, confira abaixo:

No que diz respeito ao tratamento, resfrie o corpo! Para isso, lembre-se de uma técnica simples: borrifar a pele nua com água e direcionar ventiladores ou ar para que evapore. Antitérmicos não estão bem indicados, uma vez que o mecanismo não se relaciona à febre, ou seja, desregulação hipotalâmica por citocinas inflamatórias.

Para a hipotensão, volumes parcimoniosos de 250-500ml de cristaloide podem ser ofertados, evitando-se uso de aminas devido a vasoconstrição, o que dificulta o resfriamento.

Fonte: Uptodate, 2023.

Para saber mais, não deixe de escutar o episódio 162 do nosso Podcast: Corrida de Leito.

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