Na presença de broncoespasmo com repercussão respiratória, as medidas iniciais são: oxigenoterapia suplementar, para manter a saturação adequada conforme a doença de base (na Asma, entre 93 a 95%; no DPOC, entre 88 a 92%), e o uso de broncodilatadores de curta ação e corticóides sistêmicos (oral ou venoso). Se a insuficiência respiratória e o broncoespasmo se mantiverem, nos restam: sulfato de magnésio EV, sobretudo na Asma brônquica, adrenalina, especialmente nos casos de anafilaxia e angioedema e, finalmente, a VNI (ventilação não invasiva), esta principalmente na exacerbação do DPOC.
É importante atentar-se aos sinais de broncoespasmo moderado a grave: taquicardia e taquipneia com uso de musculatura acessória, fala entrecortada, hipoxemia com queda da saturação abaixo de 90% e pico de fluxo expiratório (valores abaixo de 50% são indicativos de gravidade).
Broncodilatadores de curta ação
- Primeira linha: beta-2 agonista; Um anticolinérgico pode ser associado;
- Dose: 4 a 10puffs, 3 ciclos, de 20 minutos cada na primeira hora do atendimento e depois mantém essa medicação em intervalos que vão de 1 a 4h a depender da resposta inicial;
A administração do broncodilatador pode ser tanto por puff como por inalação, sem diferença no desfecho de internação hospitalar.
Sulfato de magnésio:
Possui melhor evidência para broncoespasmo refratário (primeiras 4h de tratamento) da Asma. Sua dose é de 2g EV por 20min e os efeitos colaterais relacionados são hipotensão, se infusão rápida, e rubor facial.
VNI
O principal benefício correlato é no DPOC exacerbado. Deve ser realizada em um ciclo de 30min a 2h, avaliando resposta do paciente.
Não deixe de escutar o episódio “Episódio #107 – Broncoespasmo refratário: como tratar?” no podcast Corrida de Leito.