Reversão de anticoagulantes orais: como fazer?

A reversão da anticoagulação deve considerar principalmente a presença ou não de sangramento, que implique ameaça à vida ou necessidade de procedimento cirúrgico de urgência.

Na presença de sangramento ou procedimento, o anticoagulante deve ser imediatamente suspenso. Se o fármaco em questão for um antagonista da vitamina K, o antídoto de escolha será um complexo protrombínico, caso o RNI esteja acima de 2. Além disso, a vitamina K parenteral também deve ser ofertada. Já se o anticoagulante for um DOAC (Anticoagulantes Orais Diretos), recomenda-se a avaliação quanto ao antídoto. Caso contrário, o complexo protrombínico associado ou não a um antifibrinolítico e a Desmopressina, devem ser utilizados, a depender do sangramento.

Nas situações de ausência do sangramento, apenas a suspensão do anticoagulante pode ser suficiente, ou, no caso de antagonista da vitamina K, sua reposição deve ser avaliada conforme o valor do RNI. Abaixo, seguem as doses padronizadas.

Vitamina K
  • EV 5 a 10mg, infusão lenta de 20-60min
  • IM 5 a 10mg (atenção ao riso de hematoma)
  • Enteral: 2,5 a 5mg
Complexo protrombínico
  • Dose fixa de 1500 a 2000UI OU

A depender dos níveis de RNI:

  • RNI 2-4: 25UI/kg peso
  • RNI 4-6: 35UI/kg de peso
  • RNI > 6: 50UI/kg de peso
Plasma fresco congelado
  • 10 a 15ml/kg de peso

Para saber mais, não deixe de escutar o episódio em nosso Podcast: Corrida de Leito.

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