A avaliação do(a) paciente com síncope: Síncope é uma síndrome clínica caracterizada pela perda súbita da consciência em decorrência de uma hipoperfusão cerebral difusa e transitória, mas com retorno rápido (em questão de segundos) e completo do nível de consciência, de maneira espontânea.
Classicamente, a síncope é subdividida em 3 grandes grupos causais: primeiro, a síncope reflexa, que engloba aquelas causas vasovagais, situacionais (como relacionada ao esforço durante a defecação) e por compressão do seio carotídeo. O segundo grupo é o da síncope cardíaca, correspondendo a cerca de 20% dos casos e cujas causas envolvem sobretudo arritmias cardíacas e, em menor percentual, doenças estruturais. Por fim, existe o grupo das síncopes deflagradas pela hipotensão ortostática ou postural que ocorre quando há queda maior de 20mmHg da Pressão Arterial Sistólica e/ou 10mmHg na Pressão Arterial Diastólica, em decorrência do ortostatismo, classicamente após cerca de 3 a 5 minutos.
Diante de um ou uma paciente com síncope verdadeira, ou seja, com perda da consciência súbita,de recuperação completa e não precedida de TCE, devemos investigar arritmias cardíacas, cardiopatias estruturais ou ainda doenças cardiovasculares como TEP e dissecção aórtica, já que a evolução desses pacientes pode ser desfavorável. Nesse sentido, recomenda-se uma investigação hospitalar, com realização de ECG e/ou, Ecocardiograma e/ou Angio tomografia, a depender da suspeita.
Principais alterações eletrocardiográficas relacionadas à síncope cardíaca:
– Frequência Cardíaca abaixo de 40bpm, bloqueios atrioventriculares de segundo grau mobitz tipo II ou BAV total ou pausas sinusais maiores que 3 segundos;
– Prolongamento ou encurtamento do intervalo QT;
– Padrão de bloqueio de ramo direito com supradesnivelamento do segmento ST nas derivações V1 a V3 (Síndrome de Brugada)
– Sinais de pré-excitação do complexo QRS
– Taquiarritmias sustentadas
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