O episódio 142 do Podcast Corrida de Leito discute: Diagnóstico diferencial das arboviroses.
A dengue cursa com febre de 2 a 7 dias de duração, associada a mialgia, artralgia, dor retroorbitária, cefaleia, vômitos, diarreia e/ou exantema. Após a defervescência o surgimento de sinais de alarme, como lipotimia, derrames cavitários e tendência a sangramentos pode sinalizar para a fase crítica, cuja evolução pode culminar com choque hemorrágico.
Para saber mais acerca do uso de Aminas em pacientes chocados, clique aqui.
Já na Chikungunya, a grande pista, além da febre mais alta, é a artralgia intensa, muitas vezes associada a sinais de artrite, que inclusive pode se cronificar. É importante lembrar das apresentações graves atípicas, como miocardite, encefalite e hepatite.
Por fim, a infecção por Zika vírus cursa, classicamente, com febre mais baixa, exantema mais intenso e conjuntivite não purulenta. As complicações, quando presente, são de caráter neurológico, como encefalite, Guillain-barré e microcefalia na transmissão vertical.
Exames Complementares
O exame para diagnóstico vai da fase da doença: sorologias estão indicadas para sintomas iniciados há mais de 6/7 dias; já a identificação do antígeno viral quando intervalo de tempo menor (até 5 dias para o antígeno NS1 da dengue.
Tratamento
A base do tratamento é de suporte e hidratação vigorosa, sobretudo na dengue. Não há, para nenhuma das arboviroses acima, um tratamento específico. É interessante ressaltar que, tendo em vista a tendência a sangramentos, a recomendação é NÃO PRESCREVER AINES ou AAS para pacientes com suspeita de qualquer uma dessas arboviroses, incluindo a Zika.
Para dor ou alívio da febre, está indicado paracetamol ou dipirona. No caso específico da Chikungunya, na fase subaguda ou crônica, caso persistam as dores articulares, AINES e mesmo corticóides poderão ser usados.
Para saber mais, não deixe de escutar o episódio em nosso podcast: Corrida de Leito.
