VNI: como e quando fazer?

A ventilação não invasiva (VNI) é uma modalidade ventilatória cuja oferta de pressão positiva às vias aéreas é feita por meio de uma interface como máscara facial.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) exacerbada e a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) são as principais patologias que se beneficiam dessa modalidade. Habitualmente, a VNI é feita de 30min a 2h, avaliando-se a melhora clínica pela redução do esforço respiratório, melhora da consciência e da troca gasosa. Em cenários cujo benefício é controverso, como pneumonia, asma exacerbada, imunossupressão e pós-operatório, a avaliação da resposta deve ser feita em intervalos de tempo menores, como sugeridos no escore de HACOR.

Adaptado de: Duan, J., Han, X., Bai, L. et al. Assessment of heart rate, acidosis, consciousness, oxygenation, and respiratory rate to predict noninvasive ventilation failure in hypoxemic patients. Intensive Care Med 43, 192–199 (2017).

Sugere-se que o escore seja utilizado após 1 hora de instituição da VNI e que uma gasometria arterial seja solicitada. A conduta, então, procede de acordo com a pontuação alcançada.

Uma pontuação no Escore HACOR >5, indica um risco de 80% para falha de VNI, e, portanto, deve-se avaliar a necessidade de intubação orotraqueal e ventilação invasiva.

Modelos Ventilatórios na VNI

Dentre os modos ventilatórios usados na VNI, os modos espontâneos são preferíveis e, dentro desse, o Bilevel (com pressão positiva inspiratória e expiratória) é o de escolha na maior parte dos casos. Os parâmetros sugeridos estão abaixo:

  • modo CPAP: pressão de 5 a 8cmH2O;
  • modo Bilevel (BIPAP): pressão expiratória (ou seja, a PEEP ou EPAP)de 3 a 5cm H2O e a inspiratória em torno de 8 a 12cm H20 (máximo sugerido de 15cmH2O).

Para saber mais, não deixe de escutar o episódio em nosso podcast: Corrida de Leito.

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