Para saber sobre o tratamento de insuficiência cardíaca descompensada, clique aqui.
Dando continuidade à temática do tratamento medicamentoso da Insuficiência Cardíaca, o episódio 138 do Podcast Corrida de Leito aborda a terapia de manutenção dos(as) pacientes com Insuficiência Cardíaca de Fração de Ejeção Reduzida (ICFER), ou seja, uma insuficiência cardíaca crônica em que a fração de ejeção é inferior a 50%.
O tratamento da ICFER inclui três grupos de drogas: aquelas que agem inibindo os sistema renina-angiotensina, os betabloqueadores e os antagonistas dos receptores de aldosterona (como a espironolactona). Isso porque essas são as classes de drogas capazes de reduzir sintomas, além de hospitalizações e mortes.
Nesse sentido, recentemente foi adicionada uma quarta classe: as glifozinas, que devem ser incluídas ao tratamento independente da presença de diabetes. Os diuréticos (sobretudo os de alça), apesar de não trazerem benefícios em mortalidade, controlam os sintomas dos pacientes com sobrecarga volêmica e assim melhoram a sua qualidade de vida e até evitam internações.
Outras classes que porventura podem ser associadas dependem de cenários mais específicos, como a digoxina que é, em geral, uma opção para a otimização do controle da resposta ventricular em pacientes com Fibrilação Atrial (FA) não controlada pelo betabloqueador. Contudo, não há dados sobre seu benefício na redução da mortalidade. Além disso, os anticoagulantes podem ser adicionados ao esquema caso o(a) paciente possua trombo intracavitário ou tenha FA com CHADS2VASC maior ou igual a 2 e risco de sangramento baixo.
Confira abaixo a classificação funcional da New York Heart Association (NYHA), que auxilia na escolha da associação de drogas para o tratamento da ICFER, bem como no prognóstico e sobrevida de pacientes com Insuficiência Cardíaca.
Para saber mais, não deixe de escutar o episódio em nosso Podcast: Corrida de Leito
Referências
- Diretriz ES e SBC-2021 e SBC-2018; Uptodate;
