COVID-19: o que sabemos em 2 anos de pandemia – parte 1

“Highlights do episódio”  do podcast  COVID-19: o que sabemos em 2 anos de pandemia – parte 1.

Em 11 de março de 2022 completamos 2 anos do anúncio ofocial pela OMS da pandemia de COVID-19. A via de transmissão principal é interpessoal por meio de contato próximo (com menos de 2 metros de distância) de uma pessoa infectada através da eliminação de partículas respiratórias contaminadas, sejam por gotículas ou aerossóis. Sobre o uso de máscaras, o CDC ou Centers for Disease Control and Prevention, atualizou em fevereiro de 2022 a recomendação: em níveis comunitários baixos, as máscaras se tornam opcionais, em níveis médios deve-se considerar o uso de máscara para proteção individual, sobretudo por aquelas pessoas mais vulneráveis, como os indivíduos imunossuprimidos ou com comorbidades graves e, em níveis de transmissão comunitária elevada, todos os indivíduos devem continuar usando a máscara.


Diversas variantes circulam ao redor do mundo, sendo as de maior relevância até o momento: a Alfa, identificada no Reino Unido em 2020; a Gama ou P1, identificada no Brasil em novembro daquele mesmo ano, a Delta, com origem na Índia, também em 2020 e, finalmente, a Omicron, com origem provável na África em 2021, e que se tornou a mais prevalente em vários países desde então. Esta variante possui mutações na proteína S ou spike, o que talvez explique a maior transmissibilidade e redução da susceptibilidade a anticorpos neutralizantes, gerados tanto pela vacinação quanto pela infecção natural.


Sobre sintomatologia, a COVID-19 continua sendo uma doença com espectro variável de apresentação, existindo desde a forma assintomática até doença letal (síndrome respiratória aguda grave), sobretudo em pessoas não vacinadas. Os outros fatores de risco para a forma grave são idade avançada e presença de comorbidades, tais como doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, doenças pulmonares crônicas, imunossupressão congênita ou adquirida, neoplasias, tabagismo, gestação ou puerpério e até mesmo o grupo sanguíneo ABO. Os sintomas mais comuns continuam relacionados à infecção de vias aéreas como tosse, cefaléia, odinofagia e febre.


Alterações do cheiro e paladar também são descritos de forma frequente, mas não são específicos desta doença. Outras manifestações ou mesmo complicações relacionadas são eventos tromboembólicos, especialmente venosos, injúria cardíaca como miocardite e arritmias, lesão renal aguda e pneumotórax, por vezes espontâneo.


Com relação às alterações laboratoriais, linfopenia e elevação de marcadores inflamatórios como proteína C reativa, além de d-dímero, lactato desidrogenase e ferritina são observados. Já sobre os exames de imagem, a tomografia computadorizada de tórax é superior à radiografia simples em termos de acurácia, já que até 20% dos raio-x podem permanecer sem alterações, inclusive em formas graves, As alterações tomográficas mais comuns são em geral bilaterais, periféricas e predominam em bases. A mais comum é a opacidade em vidro fosco em quase 80% dos casos que pode vir acompanhada de consolidações em mais da metade dos pacientes, ou seja, a presença de consolidação não necessariamente representa infecção bacteriana associada

Confira o episódio clicando aqui COVID-19: o que sabemos em 2 anos de pandemia – parte 1.

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