Peptídeo Natriurético Cerebral (BNP): quando dosar?

O Peptídeo Natriurético Cerebral (BNP) é produzido primordialmente pelos ventrículos cardíacos em contexto de pressão de enchimento elevada, como na Insuficiência Cardíaca (IC). A função primordial do BNP é promover a natriurese e, assim, adequar a volemia. Dessa forma, o BNP tem grande aplicabilidade diagnóstica e prognóstica na insuficiência cardíaca.

Em cenários de dispneia aguda cuja IC seja uma das hipóteses, é importante dosar o BNP ou o NT-proBNP, uma fração de seu pró-hormônio. Valores de BNP menores que 100pg/mL ou NT-proBNP menor que 300pg/mL, tornam o diagnóstico de IC muito pouco provável. valores de BNP maiores que 500 e de NT-proBNP maiores que 900 reforçam a IC como causa da dispneia. Valores intermediários demandam mais investigação.

Em situações de IC crônica, os valores de corte mudam para 35pg/ml de BNP e 125pg/ml de NT-proBNP para a investigação diagnóstica. Dosagens seriadas para seguimento do tratamento não possuem valor superior à resposta clínica.

Já a doença renal crônica e a idade avançada podem superestimar os valores desses peptídeos, enquanto a obesidade pode subestimar. Contudo, até o momento, não há necessidade de corrigir os valores de corte caso essas situações estejam presentes.

Para saber mais, não deixe de escutar o episódio em nosso podcast: Corrida de Leito!

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