Durante o atendimento de um paciente em Parada CardioRrespiratória (PCR), devemos instituir medidas após retorno da circulação espontânea, independente do ritmo que ocasionou a PCR.
A primeira medida é garantir uma via aérea avançada, caso o ou a paciente não tenha, de modo a realizar 10 ventilações por minutos (o que representa uma a cada 6 segundos). O objetivo é alcançar uma saturação de 92 a 98% e uma PaCO2 de 35-45 mmHg, o que pode ser guiado por capnógrafo, quando disponível.
Além disso, deve-se atentar para o controle hemodinâmico, com infusão endovenosa contínua de amina vasoativa, se necessário, para que a pressão arterial sistólica alcance valores maiores que 90 mmHg ou que a pressão arterial média fique acima de 65 mmHg, no intuito de garantir pressão de perfusão cerebral.
Feito isso, devemos realizar um ECG de 12 derivações partindo do pressuposto de que, em adultos, a isquemia coronariana é a principal causa de PCR. Sendo identificado uma elevação do segmento ST, ou BRE novo* ou, ainda, se o paciente apresentar um choque cardiogênico, devemos encaminhá-lo para a angioplastia de urgência. Por fim, avaliamos a parte neurológica, estando indicado hipotermia (ou normotermia) em pacientes comatosos.
Critérios de Sgarbossa*
Os critérios de Sgarbossa são utilizados para diagnosticar um novo Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE), que poderia culminar em uma PCR. Confira a seguir:
- ≥ 3 pontos, especificidade de 98% para IAMCSST
- Se positivo, o paciente é candidato a terapia de reperfusão.
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