O Bicabornato de Sódio (NaHCO₃) pode ser utilizado desde a terapia de refluxo gastroesofágico até no manejo de uma acidose tubular renal. Contudo, sua reposição como terapia padrão tem indicação limitada na maior parte dos contextos clínicos, conforme descrito abaixo:
A primeira indicação é a prevenção de nefropatia por contraste: uso de bicarbonato não se mostrou superior quando comparado a solução salina, sendo esta última preferível. Já na prevenção de nefropatia em um quadro de rabdomiólise, o uso de Bicarbonato de Sódio pode ser benéfico por meio da alcalinização da urina, mas nem sempre é prático.
Na hipercalemia, utiliza-se o NaHCO₃ se o potássio permanecer acima de 6, apesar das medidas inicias. Outra circunstância que possibilita o uso do composto é a reanimação cardiopulmonar, APENAS em reanimações prolongadas e risco de acidose ou hipercalemia associadas
Em Doenças Renais Crônicas, avalia-se a reposição caso os níveis de Bicarbonato (HCO₃) estiverem abaixo de 16 mEq/L.
Por fim, observa-se situações que, em quadros que cursem com acidose metabólica, o composto não deve ser utilizado rotineiramente. Deve-se corrigir a patologia de base e realizar a adequação volêmica do paciente. Algumas indicações são: sepse associada a Insuficiência Renal Aguda, se o pH sanguíneo estiver abaixo de 7.2 OU secundária a cetoacidose. Este último possui indicações controversas, a depender do pH sanguíneo (indicações variam entre pH < 7.1 ou 6.9).
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