As principais contraindicações para fechamento primário de ferida são: presença de infecção, feridas provocadas por mordeduras, feridas profundas impossibilitando irrigação e tempo de exposição.
Sobre o tempo de exposição, há divergência na literatura. Segundo os sumários clínicos, o fechamento primário pode ser feito em até 12h do aparecimento da lesão quando a ferida localizar fora da face; ou em até 24h se a ferida for em face. Protocolos brasileiros sugerem tempos menores, em torno de 6h.
Uma vez definido pelo fechamento primário, o preparo da lesão deve ser feito com lavagem e irrigação exaustiva, retirada de corpo estranho e desbridamento de áreas desvitalizadas. A antibioticoterapia profilática não está indicada na maior parte dos casos.
Quanto a profilaxia contra tétano, se a ferida for considerada superficial e limpa, ou seja, com menos de 6h de exposição, a vacina antitetânica está indicada se a última dose tiver sido tomada há mais de 10 anos ou se esta data for desconhecida. Já se a ferida for profunda ou potencialmente contaminada (como ter mais de 6h ou ser decorrente de mordedura), a vacinação está indicada se a última dose for há mais de 5 anos. O uso da imunização passiva juntamente à vacina é indicado para essas feridas contaminadas e profundas em pacientes com passado vacinal desconhecido.
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